RELATORIA II




Por Débora Oliveira


Referente ao encontro do Dia 02/07/2009

Se me permite acrescentar Ton... Acho que o que mais aproveitamos na "segunda" parte do encontro do GTpuel essa semana, quando fomos assistir outras perspectivas épicas, foi justamente perceber e aprender a identificar a real estética brechtiana (se assim posso falar) na peça "Arturo Ui" (e não Andre Wii) e como logo em seguida na montagem de Nelson Rodrigues todo o processo que se diz "brechtiano", foi completamente "esvaziado", no sentido de que todos os pressupostos do teatro épico foram transformados ou então submetidos ao drama burguês.

A música que na peça "Café quente em noite fria" é elemento decisivo de distanciamento, as imagens, os gestus, todos os recursos que utilizamos para "contrariar" e "ativar", são utilizados para "emocionar" e "passificar". Particularmente, aquela peça do Nelson Rodrigues me deixou muito "triste", aquela coisa de amor que dói e blá blá, ai que coisa mais sem fim, uma choradeira...rsrs...desculpa aí, reconheço o valor do Nelson Rodrigues, mas não é "minha praia preferida".


Tem outro aspecto também, a questão do processo de trabalho, que na Companhia do Latão, como sabemos é "coletivo" ou "colaborativo", não sei o termo correto no caso, mas é perceptível a diferença entre um e outro, já que a Companhia do Latão é um grupo que trabalha com os pressupostos épicos, com o "espírito de porco" em todas as montagens, pois antes de tudo, são de fato, um grupo de teatro épico, e se trabalhando como um grupo, que colobora um com o outro, isso se reflete em qualquer montagem, tem-se um "pano de fundo", um argumento nas cenas, político e ideológico, claro. Agora, voltando a montagem do Nelson Rodrigues, como disse a Nádia, o grupo que nos foi apresentado não era na verdade um grupo.


Era uma "massa" de atores, bem colocados em cena, com figurinos impecáveis, maquiagem "inigualável", que cantavam muito bem...Ora bolas!! Tinham técnica, os caras são "bon$"! Como disse a Nádia. Mas explicitando aí em cima, eram uma "massa" (termo retirado de O Dezoito Brumário de Luís Bonaparte, quando Marx fala dos camponeses, que são uma "massa", um conglomerado de pessoas, sem organização "político-partidária" acabam por serem apenas um "saco de batatas"..rs). Ou seja, atores que se juntaram para fazer uma peça de estética brechtiana, que concordamos que realmente era, mas que estava completamente "vazia", no sentido em que conhecemos e lutamos artísticamente, apenas mais um "saco de batatas" bem selecionadas. Ai..ai....me empolguei...rs´Por hoje é só pessoal!beijo pro'cês.


Débora.

RELATORIAS


Relatório de encontro do GTPUEL
Dia 02/07/2009

O encontro aconteceu na Casa Fabrica de Teatro do Oprimido.
Participaram: Ton, Gil,Glauco,Beto, Bezerra, Ana, Tiago, Nadia, Lucas, Débora, Carol e Anderson Zotesco.

O encontro começou com a apresentação do vídeo da peça “café quente, noite fria” do Grupo caos e acaso de teatro.

Após assistir o vídeo passamos a sala ao lado, para debater o espetáculo e dar nossas impressões sobre a montagem.

Anderson se apresenta e fala de seu projeto em São Paulo, disse que a peça lhe agradou e emocionou e fez algumas criticas como:

O uso das projeções de imagens, dizendo que essas podem atrapalhar na construção da imaginação dos espectadores.

Sentiu uma dificuldade de perceber a mudança dos personagens da Nadia no começo da peça
E que alguns personagens do Cesinha poderia se aprimorar no andamento da montagem.

Beto também fala e abre a todos as considerações feitas por mail ao grupo “caos e acaso”, fala de um problema entre o dialogo de Zé Alcindo e o funcionário do banco, esse funcionário estaria pouco burocrático e muito solidário ao camponês, não se vê muito o conflito campo e banco na representação, sugere alguns Gestus pra definir o caráter de um burocrata ao funcionário.

Depois voltamos a sala de vídeo onde nos propomos a ver algumas montagens de grupos que usam as técnicas teatrais de Brecht (Andre Wii [não sei como escreve], CIA Latão e uma montagem de uma peça de Nelson Rodrigues)

O vídeo do Andre Wii teve problemas técnicos e pouco aproveitamos, os outros foram vistos na integra.

Tentamos ver nesses vídeos como os atores trabalhavam os GESTUS, o distanciamento do personagem e outros elementos do teatro épico.

Ao final do encontro resolvemos descentralizar o espaço físico dos encontros do grupo, sendo a casa de teatro do oprimido também um espaço positivo, não se limitando apenas a UEL.

Relatoria - 02/07/2009

Relatório de encontro do GTepuel

Dia 02/07/2009

Relatoria: Ton Joslin


O encontro aconteceu na Casa Fabrica de Teatro do Oprimido.
Participaram: Ton, Gil,Glauco,Beto, Bezerra, Ana, Tiago, Nadia, Lucas, Débora, Carol e Anderson Zotesco.
O encontro começou com a apresentação do vídeo da peça “café quente, noite fria” do Grupo caos e acaso de teatro.
Após assistir o vídeo passamos a sala ao lado, para debater o espetáculo e dar nossas impressões sobre a montagem.
Anderson se apresenta e fala de seu projeto em São Paulo, disse que a peça lhe agradou e emocionou e fez algumas criticas como:
• O uso das projeções de imagens, dizendo que essas podem atrapalhar na construção da imaginação dos espectadores.
• Sentiu uma dificuldade de perceber a mudança dos personagens da Nadia no começo da peça
• E que alguns personagens do Cesinha poderia se aprimorar no andamento da montagem.
Beto também fala e abre a todos as considerações feitas por mail ao grupo “caos e acaso”, fala de um problema entre o dialogo de Zé Alcindo e o funcionário do banco, esse funcionário estaria pouco burocrático e muito solidário ao camponês, não se vê muito o conflito campo e banco na representação, sugere alguns Gestus pra definir o caráter de um burocrata ao funcionário.
Depois voltamos a sala de vídeo onde nos propomos a ver algumas montagens de grupos que usam as técnicas teatrais de Brecht (Andre Wii[não sei como escreve], CIA Latão e uma montagem de uma peça de Nelson Rodrigues)
O vídeo do Andre Wii teve problemas técnicos e pouco aproveitamos, os outros foram vistos na integra.
Tentamos ver nesses vídeos como os atores trabalhavam os GESTUS, o distanciamento do personagem e outros elementos do teatro épico.
Ao final do encontro resolvemos descentralizar o espaço físico dos encontros do grupo, sendo a casa de teatro do oprimido também um espaço positivo, não se limitando apenas a UEL.